* Indique um Livro *

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Olá amigos!

Recentemente algumas de nossas seguidoras na página do Facebook nos pediram indicações de livros com a mesma temática, ou com personagens marcantes como Tatiana & Alexander, ou ainda com um romance tão arrebatador quanto o de nossos protagonistas favoritos.

Sabemos como é uma tarefa difícil (aham, desesperadora) a espera pelo lançamento das sequências de nossas séries favoritas, e quando se trata de uma editora que não tem muita consideração por seus leitores então, nem se fala!

Então pensamos que seria legal criarmos esse espaço aqui no blog para compartilharmos indicações de nossos romances favoritos para montar uma espécie de ‘grupo de apoio de crise de abstinência’ 😀 com nossas camaradas companheiras nessa espera sem fim. O que acham?

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Vamos começar dando a nossa indicação e algumas orientações de como indicar, só para ficar mais organizado, ok? (Obs: Como o post vai estar disponível também no facebook, recomendamos conferir as indicações lá e aqui, conforma sua preferência).

Nossa indicação é a série Outlander (já mencionamos ela no face!), publicada no Brasil com o título A Viajante do Tempo. A série está sendo adaptada atualmente pelo canal Starz, e está fazendo o maior sucesso!

Título: Outlander

Autor: Diana Gabaldon

Protagonistas: Claire e Jamie Fraser

É uma série?: Sim

Quantas sequências?: 8 até agora

Breve sinopse: Claire Randall é uma enfermeira de combate inglesa, que após o fim da II Guerra reúne-se com seu marido Frank Randall depois de anos separados pela guerra. Eles viajam para a a Escócia para reaproximarem-se em uma segunda lua de mel. Ao visitar as ruínas de Craigh na Dun, Claire desaparece misteriosamente deixando o marido desesperado à sua procura. Acontece que Claire, ao tocar as pedras das ruínas, foi transportada 200 anos no tempo, de volta para o século 18, em meio aos conflitos entre os rebeldes escoceses e o exército inglês dos “casaca vermelha”. Claire é salva por um grupo de rebeldes escoceses, onde conhece Jamie Fraser, um jovem ruivo membro do clã McKenzie que está fugindo dos ingleses. Ela logo percebe as complicações da situação em que se encontra, e que precisa adaptar-se ao estilo de vida do período para sobreviver e tentar retornar para seu marido e seu tempo. Ela só não contava que o destino a levaria a casar-se à força com Jamie Fraser e muito menos que se apaixonaria por ele.

 Agora é a vez de vocês! Que comecem os jogos!

QUAL A SUA INDICAÇÃO?

Tatia, Shura e os Apelidos Russos

Levanta a mão quem ficou com uma bela cara de interrogação ao se deparar com os inúmeros apelidinhos atribuídos à Dasha, irmã de Tatiana Metanova logo no primeiro capítulo de O Cavaleiro de Bronze! õ/ 

Primeira página do 1º Capítulo de O Cavaleiro de Bronze (ed. Novo Século)

Primeira página do 1º Capítulo de O Cavaleiro de Bronze (ed. Novo Século)

Calma, calminha! Posso assegurá-los que muitos outros leitores tiveram a mesma reação.

Quem está habituado à literatura russa deve ter passado as páginas na maior naturalidade, como se aquilo já fizesse parte de sua cultura. Mas para a maioria de nós, esta obra é o primeiro contato com um romance que se passa na Rússia/União Soviética, ou pelo menos uma história que descreva o ambiente doméstico da sociedade russa tão detalhadamente.

 Leva tempo e algumas páginas para nos familiarizarmos com a variedade de nomes atribuídos a cada um dos personagens, o que pode confundir o leitor a princípio, mas uma vez compreendido o contexto em que cada termo está inserido, fica mais fácil assimilar a coisa toda.

Basta compararmos aos nossos nomes e apelidos que utilizamos no dia a dia aqui no Brasil. Por exemplo:

Quase toda Ana Carolina é Carol. A maioria das pessoas a chamam assim. Os familiares a chamam de Cacá, mas quando querem adular, falam Cacazinha, Carolzinha. Mas se a mãe está brava com ela, logo fala: “Ana Carolina não seja atrevida!”. Em uma entrevista de trabalho é Ana Carolina de Oliveira Santos. E assim por diante.

Tatiana. Tania. Tanechka. Tatia. Tatiasha.

Tatiana Georgievna Metanova é Tania para a família e amigos. Carinhosamente é Tanechka. Para conhecidos é Tatiana Georgievna. Para o namorado é Tatia, e em momentos de maior intimidade e carinho, Tatiasha.

Viram? Não é muito diferente, quando encaixados no contexto da história, os apelidos fazem sentido completamente.

Vou simplificar a sistemática de nomes russos aqui para quem ficou curioso e quer saber um pouco mais.

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Feliz Natal! ~ С Рождеством Христовым!

С Рождеством Христовым! (Feliz Natal) – Confira pronúncia em Russo AQUI.

Parece estranho para nós ocidentais, mas assim como tantos outros costumes na Rússia, o Natal é comemorado em uma data diferente da maioria dos países ocidentais, onde a religião predominante é o catolicismo e que usa o Calendário Gregoriano.

Na Rússia a principal religião praticada é o cristianismo Ortodoxo, que segue o antigo Calendário Juliano, e por este motivo, alguns dos eventos mais importantes do Cristianismo são celebrados em datas diferentes na Rússia.

“Para os ortodoxos, o Natal não é uma festa com a importância que ganhou no mundo católico, tendo maior relevância a Páscoa.”

Os ortodoxos costumam fazer um jejum de 40 dias até o Natal e fazer as janeiras, que consiste em pequenas procissões onde as crianças e jovens saem nas ruas parando de porta em porta cantando, propondo adivinhações e pedindo guloseimas. Essa tradição chama-se em russo Colhadki. Na manhã de 7 de janeiro, as moças costumam fazer adivinhações (uma espécie de ‘simpatia’) .

“Considera-se que nesta altura a natureza da às pessoas sinais para as ajudar a orientar-se bem na vida.   Na manhã de 7 de Janeiro pode-se perguntar a uma pessoa querida: “Tu amas-me?” E esta não pode mentir, pois na antiguidade considerava-se que a terra levaria consigo o mentiroso.”

Para celebrar o Natal russo, deixo vocês com um pequeno excerto de The Summer Garden, o terceiro e último livro da série The Bronze Horseman.

*Aviso: SPOILERS*

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Como o Povo Russo Recebeu a Trilogia ‘The Bronze Horseman’

Como todos sabemos, nenhuma nação gosta de se tornar pública aos olhos do mundo devido à uma ficção – especialmente uma ficção passada em uma época tão dolorida para o povo russo como o cerco à Leningrado durante a Segunda Guerra. Foi justamente enfrentando essa reação que Paullina Simons, nascida em Leningrado e que emigrou para os Estados Unidos aos 10 anos de idade, lançou seu livro, The Bronze Horseman que atingiu status de mais vendido em vários países como Estados Unidos, Austrália e tantos outros. O grande problema, porém, estava na Rússia. Como os russos iriam aceitar o livro em seu país? Como uma nação tão drasticamente atingida pelos horrores da guerra iria aceitar a sua versão dos fatos? Essa é uma dúvida que paira na mente de muitos fãs da trilogia de Paullina.

Estive pesquisando algumas coisas no fórum de fãs no site oficial da Paullina onde me deparei com a capa do livro em terras russas – uma capa estranha, sem nexo, que não te dá nenhuma informação da história. O mais estranho foi não ter achado os outros dois livros e ter lido reviews tão duras sobre o primeiro livro da trilogia. Continuei lendo e encontrei uma postagem de uma fã russa da trilogia, que mora em Moscou. Ela explicou o porque The Bronze Horseman não foi bem visto na terra de Tatiana Metanova e acabou dando uma pequena aula para os leitores do fórum.

Achei os comentários dela bem pertinentes e por isso decidi postá-lo para vocês.

A capa russa é tão horrivel quanto a tradução propriamente dita. A arte da tradução está decaindo cada dia mais… pelo menos para nós. Isso me faz tremer só de pensar no que iria acontecer com uma tradução Russa de The Summer Garden. Não, que Deus proiba isso de acontecer. Eu não iria sobreviver para ver um romance se transformando em um pornô.

Russo é uma língua muito travada. Ainda não existem noções decentes para certas partes do corpo humano, da mesma forma para o ato de se fazer amor. Ou para ser mais correta, a noção de ‘fazer amor’ existe sim (recentemente herdada de traduções de outras línguas Europeias) mas, ainda soa muito moderno tanto para as pessoas de Leningrado da década de 40 (eu tenho quase certeza que ele não usam essa noção e nem sabiam que existiam naquela época) e para os de Lazarevo (eu acho que os residentes da região de Perm ainda usam a línguagem obscena).

Então, as cenas de amor, especialmente aquelas mais ‘quentes’ acabam se tornando um grande desafio linguístico para o tradutor para que possa executá-las de uma forma na qual ela ainda pareça romântica. Mas atualmente quem quer pegar um trabalho complicado em uma tradução e receber o seu pagamento por página traduzida? Tradutores não são mais escritores…. Na USSR (pelo menos na época na qual eu já havia nascido) eles eram, querendo ou não… Por exemplo, eu juro por Deus que a tradução russa de E o Vento Levou é muito melhor que o livro original. Ainda existem muitas boas traduções (como por exemplo as dos livros de Rom Woolfe). Mas definitivamente não foi o caso de TBH. Atualmente um tradutor qualquer simplesmente escreve aquilo que ele enxergou logo abaixo da escrita do autor sem se preocupar em escolher as palavras para cada contexto, e  o resultado foi que ficou… vulgar. Em The Bronze Horseman as cenas e o livro em geral foram classificados como malfeitas e irritantes (pelo menos não foram chamadas de pornográficas, graças a Deus!)
Meu problema pessoal foi que na primeira vez que eu li a trilogia eu comecei por Tatiana & Alexander…. então eu já sabia como a linguagem da autora funcionava. A versão de The Bronze Horseman na Rússia esta indisponível atualmente (eles dizem que está em processo de reedição) então eu achei uma destas edições em russo mas depois de 100 páginas eu xinguei, larguei e pedi a versão italiana por intermédio de alguns amigos.

A opinião de todos é que The Bronze Horseman não é tão erótico quanto The Summer Garden. E eu estou suando frio na possibilidade de como será a tradução… por exemplo, do capítulo da despedida de solteiro.

De longe – e na minha opinião, é melhor não ler a tradução russa. Vai acabar com tudo.

Aqui está um dos grandes problemas da literatura em geral. São raras as exceções de tradutores e editoras que se preocupam muito mais com o texto, com a sua fluidez e beleza do que com o dinheiro. Com a ascensão das vendas de livros, o mercado literário se tornou um filão para ganhar dinheiro. O problema é que aqueles que realmente gostariam de apreciar a beleza de uma obra, ficam a ver navios.

Agora é só esperarmos pela versão brazuca de The Bronze Horseman!

And thanks to Mabelle for sharing this great story with us!

~Vivika