“O oposto das noites brancas – o Dezembro em Leningrado. Noites Brancas: luz, verão, o brilho do sol, um céu pintado a tons pastéis. Dezembro: escuridão, nevascas, nuvens pesadas, um céu pesado. Um céu opressor.”
E olha só quem voltou *joga confeti e dá um tapa na cara da retardada da Vivika pra ver se ela cria vergonha*!
Infelizmente, como diria a gangue do Porta dos Fundos, a vida não é um Toddynho gelado e realmente não é mesmo: uma série de problemas e afazeres me deixaram afastada do TBHBR por um boooom tempo e acabei tendo que postergar uma série de coisas, mas eu prometo que não faço mais isso! 😀
E então nada melhor do que retomarmos esta série de posts com uma das coisas mais lindas ever (depois do nosso Shura, é claro!), as noites brancas de São Petersburgo. ❤
Píter por volta da meia noite! Lindo é apelido! ❤
Eu tive sérios problemas na minha primeira noite em terras russas: 11hs da noite e a claridade adentrava o quarto do hostel como uma hóspede inconveniente. Fiquei me perguntando como os russos lidavam com isso, porque para mim aquilo era uma verdadeira aberração – estava preparada para as famosas noites de céu claro e brilhante, mas aquilo era demais.
A origem do fenômeno das noites brancas é dada devido à magnífica localização de São Petersburgo, no norte do globo terrestre, fazendo com que durante alguns dias (normalmente entre 11 de Junho à 2 de Julho) o sol não se põe o suficiente para que a escuridão tome conta da cidade, ficando pouco abaixo da linha do horizonte. O brilho da noite é tão indescritível que muitas luzes da cidade permanecem desligadas, e às vezes apenas são acesas depois das 2hs da manhã até meados das 3hs!
Nesta foto temos a belíssima Catedral do Sangue Derramado e uma esquina da Nevsky Prospekt às – adivinhem!! – 21hs!
“Adeus, minha canção da lua e minha respiração, minhas noites brancas e meus dias dourados, minha água fresca e meu fogo.”
Nas noites seguintes eu decidi me aventurar pela cidade e ficar cara-a-cara com a maldita claridade que tirou meu sono. Logo na primeira noite eu perdi completamente a noção da hora e depois de ser obrigada a me render ao pior restaurante da rede Subway que visitei em toda a minha vida (era o único local ainda aberto as 11hs e pouca da noite!) e acabei por voltar ao hostel antes da meia noite ao ser vencida pelo grande inimigo de Napoleão, o frio russo! Apesar de estar no verão (lembrem bem deste termo V-E-R-Ã-O!) a temperatura marcava 12C, com uma ventania que me deixou de pernas bambas.
E então, devidamente preparada, fui às ruas na noite seguinte e o que assisti foi algo espetacular e indescritível; as fotos, vídeos e relatos não foram o suficiente para me preparar para aquilo que eu iria ver. A cidade se transforma, ganha ares diferentes e artistas de rua começam a pipocar aos montes (mais do que antes!). Mesmo com os ventos cortantes, me aventurei às margens do Neva, e fiquei andando pelo centro histórico da cidade – tive a impressão de estar em outro local, não parecia ser a mesma cidade que vi anteriormente. São Petersburgo “brilhava” de uma forma intensa e romântica. Um dos momentos que nosso amado Shura menciona sobre a beleza e o romantismo das Noites Brancas foi mencionado no nosso post sobre o Rio Neva e, realmente, o fenômeno dá uma aura de romance e beleza intermináveis a cidade. É impossível achar outro local no mundo que exale estes sentimentos para os seus visitantes! Nas fotos acima, já se passavam da meia noite e o brilho não se esvaia! ❤ (ah, estão vendo a minha cara de bolacha? Isso era o frio )
Para aqueles que depois de O Cavaleiro de Bronze estão decididos a conhecerem mais da literatura e cultura russa, fica a dica da obra Noites Brancas do eterno-divo-magnanimo-perfeito Fiódor Dostoiévski, e esta obra narra um romance ocorrido durante as noites brancas de São Petersburgo.
E para encerrar este post, fica aquela que talvez tenha sido a mais bela foto que eu consegui em toda a viagem, no arco de acesso ao Hermitage (também conhecido como o Palácio de Inverno) pouco antes das 1hs da manhã.
Nosso próximo post (e se ninguém me sacanear de novo, na semana que vem! :D) será sobre uma certa estátua que dá nome a um certo livro… quem acertar ganha um cookie! \o/
E para quem quiser conhecer os nossos posts anteriores sobre essa nossa viagem a terra de Dn. Tatiana Metanova, é só clicar nos links abaixo ou seguir tag #TBHBRNaRússia 😀
Capítulo # 1 – Nossa Jornada ao Universo de Tatiana & Alexander
Capítulo # 2 – Leningrado x São Petersburgo: as primeiras impressões da terra de Tatiana Metanova
Capítulo # 3 – Nevsky Prospekt & Rio Neva
Capítulo # 4 – Campo de Marte (Field of Mars)
Capítulo # 5 – Jardim de Verão (Summer Garden)
Capítulo # 6 – Catedral de St. Isaac’s
Até lá! 😀
~Viviane Cordeiro (Vivika)